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GREENPEACE NOTÍCIAS.

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  • RESPONSABILIDADE SOCIAL.

    A arrogância brasileira

    Postado por jtinoco - 18 - mar - 2011 às 12:39

    O articulista Washington Novaes, do jornal O Estado de S. Paulo, classificou de descaso e desprezo a postura do Ministério de Minas e Energia frente à discussão de âmbito mundial desencadeada pelo caos nuclear no Japão após os acidentes em Fukushima. 

    Enquanto diversos países colocam em dúvida este modelo inseguro e defasado de produção de energia, o ministro Edson Lobão descartou qualquer possibilidade de mudanças em nossos projetos nucleares. Para Novaes, a reação de Lobão “dá a impressão de que estamos fora – ou acima do mundo”, que se movimenta com rapidez para reavaliar este tipo de energia altamente perigosa, suja e cara. Ele lembra também que a energia nuclear é muito mais cara que outras formas de energia e que não há país que tenha solucionado o problema do lixo radioativo. 

    A jornalista Miriam Leitão, em artigo em seu blog, também ressalta que a pior atitude que um país pode ter em um momento de incertezas como este é agir com arrogância ao afirmar que nossas usinas nucleares são mais seguras que as japonesas – o Japão tem a reputação mundial de ser o país melhor preparado para acidentes nucleares. Leitão lembra que a Alemanha, país que fez o acordo nuclear com o Brasil que resultou na construção do complexo de usinas de Angra dos Reis, foi o primeiro a anunciar o fechamento de usinas e a suspensão de novos projetos frente ao desastre japonês. Por aqui, nossas usinas da década de 80 permanecem, enquanto por lá vão virar passado. 

    Leia mais: 

    Assine nossa petição pelo fim de Angra III 

    Greenpeace protesta no Palácio do Planalto contra Angra III  

    Mundo se mobiliza para rever projetos nucleares

    E se o caos nuclear tivesse sido no Brasil? 

    Debate sobre energia com Ricardo Baitelo 

    O Japão pode investir em renováveis Leia mais >

  • Vítimas de Chernobyl

    Postado por dbambace - 18 - mar - 2011 às 10:59

    A explosão do reator de Chernobyl, 25 anos atrás, ficou marcada na história como o maior acidente nuclear da civilização. Suas conseqüências foram sentidas ao redor do globo e persistem até hoje.

    Em 26 de abril de 1986, um grande acidente ocorreu no reator número quatro da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, que, na época, pertencia à União Soviética. Os funcionários da estação realizariam um teste a fim de verificar se as turbinas poderiam gerar energia suficiente para manter as bombas de resfriamento funcionando (no caso de uma queda de energia) até que o gerador de emergência movido a diesel começasse a funcionar. As pressões políticas para que o reator continuasse funcionando durante todo o dia, para alcançar as metas de geração, fizeram com que o teste fosse prorrogado. A equipe especialmente treinada para esse teste deixou o local e o reator já não estava funcionando em suas condições normais quando o teste finalmente começou, durante a noite. Somado a isso, a fim de prevenir interrupções que afetassem o reator, sistemas de segurança foram deliberadamente desligados. Mais tarde, após o início do experimento, o reator ficou fora de controle.

    Elementos combustíveis do reator se romperam. Houve uma violenta explosão que destruiu o revestimento da usina que pesava 1000 toneladas.Varetas de combustível derreteram a uma temperatura superior a 2000ºC. O grafite que revestia o reator pegou fogo e queimou por nove dias, liberando cem vezes mais radiação na atmosfera do que as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki.

    A maior parte da radiação foi liberada nos primeiros dez dias, contaminando vastas áreas e afetando milhões de pessoas. A instabilidade do clima nos dias seguintes ao acidente levou a contaminação para grandes territórios da Escandinávia, Grécia, centro e leste europeu, sul da Alemanha, Suíça e norte da França e Grã-Bretanha.

    Entre 125.000 e 146.000 quilômetros quadrados do território de Belarus, Rússia e Ucrânia foram contaminados em níveis que exigiam a evacuação total, ou a imposição de grandes restrições (a área afetada por terra é equivalente à área da Grécia ou de Bangladesh, ou de quase cinco vezes o tamanho da Holanda).

    No momento do acidente, sete milhões de pessoas (incluindo três milhões de crianças) moravam em áreas próximas. Por volta de 350.000 foram expulsas ou deixaram a área afetada. Em uma perspectiva a longo prazo, a forma mais impactante de contaminação é por meio do césio-137. Dada a sua meia-vida de 30 anos, levará mais de um século para que a contaminação seja reduzida significativamente.

    Níveis de césio radioativo altos o suficiente para exigir a intervenção do Estado podem ser encontrados de Chernobyl até a Escócia e Grécia. Assim como a contínua contaminação radioativa, os impactos na saúde das vítimas persistirão por várias décadas. Um estudo encomendado pelo Greenpeace, realizado em 2006 para coincidir com o 20º. Aniversário de Chernobyl, estima que o número de mortes em longo prazo no mundo provocadas pelo acidente de Chernobyl pode chegar a 100.00 pessoas. A catástrofe de Chernobyl ocorreu há 25 anos, mas continua a fazer vítimas.

     

  • Protesto em Brasília - ao vivo

    Postado por Edu Santaela - 18 - mar - 2011 às 9:02

    Estamos neste momento em Brasília para exigir da presidente Dilma que suspenda os investimentos em energia nuclear. Nossa equipe irá reforçar à presidente que energia nuclear não é uma fonte segura, como se pode ver no trágico episódio em Chernobyl e no recente desastre no Japão, que sofre com o temor da contaminação radioativa após o maior terremoto de sua história. Continuar a construção da usina Angra III e investir na construção de novas usinas é um perigo para milhares de cidadãos brasileiros.

    Assista ao vivo: Leia mais >

     

  • E nós, Dilma?

    Postado por jtinoco - 17 - mar - 2011 às 18:25

    A chanceler alemã Ângela Merkel desponta no processo mundial de questionamentos sobre energia nuclear. Nesta quinta-feira, dia 16.03, após ter anunciado a suspensão de 17 novos projetos nucleares e o fechamento de sete usinas no país, Merkel deu nova sinalização de progresso: avisou que vai acelerar investimentos em energias limpas. “Queremos chegar mais rápido à era das renováveis”, disse à imprensa.   

    A frase cairia melhor ainda em um discurso de Dilma Rousseff, que preside o país com maiores chances de liderar esta corrida: o Brasil tem potencial de sobra para se tornar o primeiro do mundo 100% limpo, com largo uso do seu potencial solar e eólico. Infelizmente, o posicionamento do Brasil no cenário mundial não está acompanhando o de outros países. 

    (Veja nossas projeções sobre renováveis no Brasil aqui)

    Usina de Fukushima, ao norte do Japão, sofre explosão. Foto: Tokyo Electric Power Co.

    Bons exemplos são Áustria, o primeiro país que exigiu que sejam revistos os planos de segurança nucleares em todos os países da Europa – afinal, um acidente em um deles teria conseqüências extra-muros. A Suíça também exigiu a suspensão de projetos radiativos enquanto aguarda novas instruções de padrões de segurança. 

    A Comissão Regulatória Nuclear dos Estados Unidos está preocupada com a segurança de sua população no Japão e emitiu pedido a todos os americanos em um raio de 80 km das usinas acidentadas de Fukushima que evacuem a área, perímetro maior do que o estipulado pelo governo japonês, que é de 20km. O presidente Obama ordenou revisão completa da segurança nuclear nos Estados Unidos, e pediu que as lições do Japão sejam aprendidas.

    Na Rússia, onde a nuclear é parte importante da produção de energia – 16% de total gerado vem dela, em um setor que inclui 32 reatores, 10 usinas em funcionamento e 11 em construção, o presidente Vladimir Putin solicitou que os Ministérios da Energia e do Meio Ambiente e a agência nuclear realizem análises sobre a atual condição do setor atômico e dos planos para desenvolvimento futuro

    Já a França demorou, mas finalmente assumiu que será preciso repensar a política nuclear do país. Eric Besson, Ministro de Energia, falou à imprensa que haverá, de alguma forma, um debate sobre a produção nuclear francesa. Por lá, as ações da EDF, o maior operador de centrais nucleares do mundo e da Areva, o primeiro produtor mundial de reatores, vem despencando dia após dia.

    No Brasil, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, adotou um discurso mais cauteloso e disse nesta quinta-feira que o governo vai fazer uma avaliação da segurança nas usinas brasileiras. 

      

    Leia mais >

  • Nuances da história nuclear no Brasil

    Postado por jtinoco - 17 - mar - 2011 às 13:36

    A Estação Ecológica da Juréia é uma bela unidade de conservação situada no litoral sul do estado de São Paulo. Mas, no início da década de 80, os planos do governo brasileiro eram de construir ali uma usina nuclear. 

    Era o ano seguinte ao maior acidente nuclear americano e segundo maior da história, em Three Mile Island (Pensilvânia, 1979), quando uma falha humana impediu o resfriamento normal de um reator e, a exemplo do que vemos acontecer no Japão, provocou contaminação no ar , levando à evacuação de 140 mil pessoas. 

    A população local reagiu e ganhou como um dos defensores de sua causa o poeta Carlos Drummond de Andrade. Naquele ano, Drummond publicaria no Jornal do Brasil um texto em que expunha as consequências aterrorizantes da energia nuclear de que se tinha conhecimento até então e convidava os deputados a refletir sobre os efeitos da radiação sobre a população que os tinha elegido. 

    Seis anos mais tarde, em 1986, aconteceria o pior desastre nuclear da história do mundo até o momento: o vazamento de Chernobyl, na Ucrânia.  

    O texto “Se eu fosse Deputado”  está reproduzido abaixo, na íntegra.

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    Reserva Ecológica da Juréia ©Danilo Prudência Silva 

    "Se eu fosse deputado federal, estaria hoje muito apreensivo. E se fosse deputado federal por São Paulo, minha apreensão atingiria limite angustioso. Isso porque me mandaram um documento terrível, que faz perder o sono e põe a consciência em estado de guerra. Quem o assina é o Movimento em Defesa da Vida, formado por pessoas de todas as classes, homens e mulheres, sob orientação de geneticistas reputados e físicos nucleares não menos categorizados da USP. Não é, pois, um desses inúmeros papéis que costumam circular por aí, sem autoria definida, reivindicando medidas declarada ou disfarçadamente políticas. Sua origem é respeitável, e seu fundo assustador. 

    Convidam-se os deputados a refletir nos efeitos das radiações nucleares sobre a comunidade, que elegeu esses homens como representantes e defensores dos interesses sociais brasileiros. O documento é ainda mais grave quando consideramos que sua distribuição coincide com a notícia-bomba (pois nada transpirou, até o último momento, das negociações que conduziram a uma decisão de suprema importância para a sorte da população nacional, tomada por pequeno grupo de homens do Governo e tecnoburocratas) de que serão localizadas duas usinas nucleares no litoral paulista em áres que abriga, precisamente, uma estação ecológica oficial. 

    O Movimento em Defesa da Vida focaliza uma só das inúmeras conseqüências letais que as usinas desse tipo ameaçam produzir. E pergunta, com base em fatos comprovados e em pesquisas fidedignas sobre contaminação radioativa no organismo humano: "Sabe V.Exa. que o leite que nossas crianças tomam poderia sofrer, na sua composição, dos efeitos radioativos produzidos nas centrais nucleares? Em 1957, na Inglaterra, um erro humano provocou o vazamento de radioatividade de um reator, igual a 1/10 da radiação liberada pela bomba de Hiroxima, e obrigou o Governo a jogar fora todo o leite produzido numa área de 500 km de distância do reator. 

    Para comparação: o Rio está a 133 km de Angra dos Reis. Descobriu-se no leite a presença do elemento radioativo césio-137, que se incorpora no organismo através do ciclo solo-capim-vaca-leite. O césio emite raios gama muito penetrantes e perigosos, que induzem a formações cancerosas em vários orgão." 

    Prossegue o documento alinhando fatos que vou resumir. 

    Foi verificado cientificamente que a concentração média de elementos cancerígenos no leite aumenta na proporção em que se torna mais ativa a política nuclear e diminui quando essa política se desacelera. O estrônico-90 concentra-se com medonha eficácia nas cadeias alimentares do homem; infiltra-se no solo e na água, com efeitos patogênicos sobre a população. Semelhante à do cálcio, sua estrutura se fixa nos ossos em formação das crianças, assumindo o lugar daquele. 

    Mas continua sendo estrônico radioativo, produzindo leu-cemia e câncer. É absorvido por inalação e contaminação de alimentos. E leva mais de 30 anos a perder a metade do seu efeito. Entre 1966 e 71, a usina de reprocessamento de Westvalley deixou escapar 45% do total de iodo-129. Isto provocou a 7 km de distância uma radioatividade 10 mil vezes maior do que a normal. E nossas usinas serão do tipo Westvalley. Tais irradiações rompem o código de reprodução, a programação genética que cada célula possui. Desequilibra as leis da vida. 

    Em 1969, pequeno acidente num reator do Colorado causou vazamento de partículas radioativas. Quatro anos depois, o Departamento de Saúde verificou que nas fazendas da região nasciam animais disformes. O plutônio, raro na natureza, é produzido no reator a partir do urânio. É das substâncias mais cancerígenas que existem. Inalado com o ar, instala-se nos brônquios e pulmões, emitindo raios-alfa para os tecidos vizinhos. Como o ferro, combina-se com as proteínas que transportam esse elemento no sangue. Param no fígado, nas células que armazenam ferro e na medula dos ossos. Resultado: câncer no fígado e nos ossos; leucemina. E cada reator produz por ano cerca de 250 kg de plutônio, com meia-vida de 500 mil anos! 

    Outra coisa: onde e como guardar eternamente o lixo atômico? Por essas e outras, os Estados Unidos e a própria Alemanha, que nos vendem usinas nucleares, não querem mais saber de novos reatores em seus territórios. Inglaterra e Suécia já paralisaram completamente seus programas nucleares. E nós? Acidentes conhecidos desmoralizaram o mito da infalibilidade das usinas nucleares. 

    Se o futuro é incerto, e se a ciência não pode garantir um nível de segurança que tranquilize o ser humano, a construção dessas usinas tem caráter de ameaça. Não se justifica a alegação de experiências para o progresso, a custo de vidas humanas, como ficou provado na trágica era nazista. 

    Se eu fosse deputado, a este hora, perderia o sono pensando nos riscos impostos ao país para nos envaidecermos de empreendimentos que buscam o chamado progresso e liquidam a segurança de viver. Mas é preciso ser deputado para sentir o peso atroz dessa ameaça? Eu, homem do povo e escrivão público, participo desse terror. E acho que o Poder Lesgislativo tem obrigação de pedir contas desse programa assustador, desenvolvido a sua revelia e sob total ignorância do povo". 

    Carlos Drummond de Andrade

    Jornal do Brasil, 21.6.1980

  • E os bons ventos aguardam...

    Postado por bcamara - 16 - mar - 2011 às 12:34

    Basta olhar para a capa de qualquer jornal para saber que, após o terremoto e o tsunami, o pior da história ainda ronda o Japão. Com o nível de radiação aumentando em algumas cidades, as consequências começaram a pipocar. A bolsa de valores caiu, os produtos sumiram dos supermercados e a população tenta fugir como pode do ar contaminado que, segundo informações oficiais, não afetam a saúde humana. Ainda.

    Enquanto isso, no Brasil, ainda não há sinal de que a construção da usina nuclear Angra III vá parar. Por enquanto, tanto governo quanto empreiteiras sinalizam que preferem arriscar suas fichas numa energia velha, suja e com um potencial negativo que presenciamos hoje no Japão e que já assistimos no caso de Chernobyl e em alguns outros ao redor do mundo.

    Esse risco, no entanto, o país não precisa correr. Como mostramos no relatório [R]evolução Energética, nosso país tem, como nenhum outro, vocação para as fontes limpas e renováveis. Sol, vento e biomassa estão aí, de sobra, esperando a boa vontade política para entrarem de vez em nossa matriz energética.

    Alguns bons exemplos dessas fontes alternativas já começam a aparecer por território nacional. É o que mostra a reportagem do site O Eco, que visitou o complexo de parques eólicos do município gaúcho de Osório. Funcionando desde 2006, o parque produz energia suficiente para abastecer anualmente o consumo residencial de pelo menos 750 mil pessoas. O equivalente a quase metade da população de Porto Alegre.

    Além dos benefícios ambientais – a cada ano, são cerca de 150 mil toneladas de CO2 que deixam de ir para a atmosfera – os econômicos também são sentidos pela prefeitura local. “O empreendimento movimentou toda a economia no período da construção e a arrecadação não reduziu depois. Só ganhamos com os parques eólicos”, garante o prefeito Romildo Bolzan Júnior. Parques eólicos, porém, não são prioridade no país. Já Angra III...

    Ação do Greenpeace no Congresso, pedindo pela aprovação da Lei de Renováveis © Greenpeace / Felipe Barra Leia mais >

  • Mais um dia no front radioativo

    Postado por jtinoco - 16 - mar - 2011 às 7:43

    Foto: Digital Globe

    A calamidade nuclear japonesa voltou a se intensificar nesta quarta-feira, dia 16. Ainda com as incertezas sobre o grau de contaminação liberada pela explosão de um reator e os danos provocados em outros dois no complexo nuclear I de Fukushima pairando no ar, o país assistiu ao quarto reator pegar fogo hoje.

    Hordas de japoneses em desespero tentam fugir da região nordeste do país, onde os serviços de transporte sequer foram reestabelecidos após o maior tremor de terra da história do país e ondas gigantes trazerem o caos para uma das nações mais desenvolvidas nações do mundo.

    Para os que não conseguiram sair da região, as medidas de precaução passam por fechar todas as janelas, evitar ligar ventiladores e lavar repetidamente as roupas, em uma tentativa de evitar o pior da contaminação. Hoje, moradores em um raio de 10km do complexo nuclear de Fukushima 2, que até o momento não sofreu danos, foram evacuados. A fumaça nuclear, por conta dos ventos, pode atingir Tóquio.

    Segundo o jornal japonês Kyodo News, o plano de resfriar o reator 3 que sofre de superaquecimento e estaria liberando vapor atômico com o uso de um helicóptero carregado de água acaba de ser descartado, devido aos altos graus de radiação detectados no espaço aéreo das usinas.

    A repercussão mundial do drama nuclear japonês, que já atinge grau 6 em uma escala de perigo que vai até 7 (grau máxio concedido ao caso de Chernobyl), por enquanto, tem sido de reavaliação do potencial destrutivo desta energia. Ângela Merkel, chanceler alemã, anunciou que 7 centrais nucleares serão fechadas.

    No Brasil, apesar de expressar preocupação, Dilma Rousseff descartou mudanças na política energética do país. Odair Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Atômica afirmou ontem à imprensa que se as usinas de Angra dos Reis (RJ), as duas que se encontram em funcionamento no país, fossem construídas hoje, não teriam a mesma localização. Mas, segundo ele, não por questões de segurança, mas por motivos econômicos.

    O Greenpeace entrou com pedido na justiça para suspender a construção da usina nuclear de Angra III.

    Participe hoje do debate ao vivo com nosso especialista em energia e responsável pela campanha que apóia investimentos e energia renovável e repudia a energia nuclear no Japão, Ricardo Baitelo. A partir das 16h (horário de Brasília), ele responderá a dúvidas e liderará um debate em nosso site. Participe através deste linkLeia mais >

  • Os efeitos dependem do vento

    Postado por Edu Santaela - 15 - mar - 2011 às 20:24

    Altos níveis de radiação foram encontrados perto da usina nuclear Fukushima 1, seguindo as explosões dos reatores 1, 2, 3 e 4. Níveis de radiação nove vezes maiores que o padrão do ambiente já foram detectados próximos a Tóquio.

    Um fator crítico agora é a direção dos ventos. A simulação abaixo mostra a provável direção da nuvem de radiação usando dados metereológicos, e a previsão do pior cenário possível para esta nuvem.

    wind direction from Fukushima nuclear power plant © zamg
    A previsão dos jatos de vento é fornecida pelo serviço metereológico da Áustria - ©zamgLeia mais >

  • O Brasil vai repensar?

    Postado por jtinoco - 15 - mar - 2011 às 16:16

    Frente à retomada das discussões sobre energia nuclear no mundo – o risco, os planos de segurança e a verdadeira necessidade de investimento nesta empreitada cara, ambientalmente insegura e socialmente perigosa, a presidente Dilma Rousseff se pronunciou “extremamente preocupada”.

    Segundo informou a Secretaria Geral da Presidência à imprensa, Dilma concorda que é preciso olhar para a questão da energia atômica no Brasil com responsabilidade. Pela manhã, a própria Eletronuclear, empresa responsável pela operação de Angra I e II, as duas usinas nucleares brasileira em funcionamento, confirmou que a terceira fase do complexo, Angra III, pode sofrer novos atrasos em sua construção – lá se vão 35 do começo de construção desta usina.

    Para o presidente da Comissão Nacional de Energia Atômica, Odair Gonçalves, o acidente radioativo de Fukushima vai fazer o Brasil rever as normas de licenciamento de suas usinas nucleares. “Vai haver agora uma análise profunda da avaliação desse risco. Isso será divulgado para o mundo inteiro e, na medida do possível, será preciso retificar as normas de licenciamento que vão levar em conta esse acidente. Nos reatores que estão operando, haverá medidas para evitar o superaquecimento”, disse ao jornal Folha de S. Paulo. (só para assinantes)

    Além de uma terceira unidade em Angra, o governo brasileiro tem planos de instalar mais quatro usinas nucleares nos próximos anos.

    E como o seguro morreu de velho, o Greenpeace se adiantou e pediu à Justiça a suspensão da licença de operação concedida à terceira fase da planta de Angra III.

    Leia mais >

    Greenpeace protesta contra energia nuclear e em favor das renováveis em Angra dos Reis. ©Greenpeace/Alex Carvalho

  • A ameaça cresce

    Postado por jtinoco - 15 - mar - 2011 às 8:15

    O medo cresce no norte do Japão, onde o complexo nuclear de Fukushima sofreu sua terceira explosão desde sexta-feira, dia 11 de março, quando um terremoto seguido de tsunami deflagrou a maior ameaça radioativa do país.

    Um incêndio no reator 4 do complexo elevou o nível de radiação do ar em até oito vezes acima do aceitável até a noite de ontem no Brasil, manhã no Japão. O raio de evacuação cresceu para 30 km e já afeta 180 mil pessoas. O Primeiro-ministro japonês falou ontem à população, alertando para perigo de vazamento de material radiativo.

    O grave acidente japonês reacendeu o debate sobre os perigos deste tipo de energia. Hoje, ministros de energia europeus estarão reunidos em Bruxelas para rediscutir seus projetos nucleares. Alemanha e Suíça anunciaram suspensão provisória dos seus planos de expansão de usinas.

TEXTO CEDIDO,POR:GRENPEACE,GREENBLOG.